Toy Story – Ao infinito e além!

26 02 2010

Título: Toy Story
Sistema: Mega Drive
Disponível também para: Super Nes e PC
Prudução da Traveler’s Tales
Em parceria com Disney Interative, Hasbro e Ohio Art Company
Em 1995

Toy Story, a animação marcou o início de uma nova era de animações para o cinema e também o início do fim do padrão de roteiro tradicional da Walt Disney. Chamava atenção também o uso de marcas licenciadas de brinquedos, especialmente clásscios dos anos 80 como o Cabeça de Batata, Army Men, Traço Mágico e até a Barbie entrou na seqüência, e parte desses licenciamentos foram aproveitados no jogo. Apesar do jogo não conseguir fazer uma revolução como o filme, chamou atenção na época, mas não é tão memorável assim.  Comecemos:

Army Men e Cabeça de Batata estão entre os mais conhecidos

Roteiro
No filme, a trama principal é sobre um menino chamado Andy e seus brinquedos. Os brinquedos tem vida mas tem que esconder isso dos humanos. O favorito de Andy é o cowboy Wood, mas a preferência dele foi abalada com a chegada da figura de ação baseada numa série de TV, o astronauta Buzz Lightyear. Wood então começa uma disputa pela preferência de Andy, o problema é que o boneco Buzz acredita ser realmente o astronauta Buzz.  O jogo segue fielmente o roteiro do filme, mas para gerar fases, foram esticados diversos momentos, por exemplo, quando Wood atropela Buzz com o carrinho de controle remoto no filme é uma cena rápida de menos de um minuto, no jogo tornou-se uma fase inteira.

Atropelando o Astronauta

Gráficos
São o grande destaque do jogo. As cutscenes são apenas fotos paradas de momentos do filme, mas os gráficos in game se aproximam muito da tecnologia 3d do filme. Apesar do jogo ser 2d, os sprites e cenários passam um visual 3d, ao estilo Donkey Kong Country (Vale lembrar que o Donkey é ainda melhor graficamente). Alguns podem lembrar um jogo do Sega Saturn chamado Clockwork Knight. Comparando com a versão de Super Nes, o Mega tem uma desvantagem nas cores, ficando clara principalmente nos cenários de fundo. Mas estranhamente o Mega trás gráficos melhor na fase da máquina de bichos de pelúcia (aquela FPS).

Sons e Músicas
Há uma óbvia vantagem para o Super Nes pela melhor qualidade dos canais de som, mas a versão do Mega fez o que podia fazer de melhor nesse sentido. Em todo caso, é uma trilha sonora até interessante, apesar de não ser tão marcante. Os sons e vozes são bem convincentes, boa parte deles vinda diretamente do filme.

Na época era chamada "FASE TIPO DOOM!" AUUU DOOM STORY

Jogabilidade 
Não chega a ser travada, mas muitas vezes atrapalha. O Wood é um sprite grande, mas acaba ficando meio chato de controlar por conta disso. Nas fases onde a jogabilidade muda, também não fica muito melhor, como a fase do carrinho e a FPS, não estranhe se você ficar perdido nas paredes por acidente em ambas.

Desafio
A parte chata do desafo é o fato de raramente ter inimigos a serem derrotados. A maior parte do tempo você terá que pular e desviar de obstáculos. O que complica mais é a jogabilidade mencionada no item anterior, e o fato que os continues do jogo são raridade. Pensar em colocar uma criança pra jogar esse jogo pode ser complicado, o que pode ser ruim para um jogo baseado numa produção Disney.

Diversão 
Estranho, esse jogo em 1995 parecia mais divertido. Apesar do início ser bem legal, o estilo de fugir e desviar e os raros combates acabam deixando o jogo meio cansado, e o que complica mesmo é falta de SAVE ou PASSWORD quando você não tá mais aguentando o cowboy ou a jogabilidade dele. Se serve de consolo existem 4 fases onde o jogo sai do estilo de plataforma e tenta imitar o estilo de jogos conhecidos como Micro Machines, Mario Kart, Jogos de Nave e até uma fase FPS (visão de primeira pessoa)

Snes vs Mega 
Acima mencionei a diferença gráfica, mas há outras. No Super Nes, apesar da vantagem gráfica e sonora, nem tudo são flores. Mesmo sendo em cartucho, o jogo tem um estranho LOAD durante as fases, coisa que não acontece no Mega. A fase FPS tem a estrutura completamente diferentes de uma versão para outra. Além disso no Snes a fase roda na metade da tela, no Mega é quase full screen além de ter mais velocidade. A outra vantagem do Mega Drive é uma fase a mais dirigindo o carrinho, a fase tem um visual estilo Mario Kart. No geral eu fico com a versão do Mega.

É uma pena que Toy Story não pegou o auge da qualidade dos jogos com licenciamento que aconteceu durante toda era 8 bits e a primeira metade dos 16 bits, onde os grandes produtores do Japão trabalhavam com marcas americanas, principalemnte da Disney e Warner. O filme pode ainda estar em forma, a terceira e última parte vai chegar logo aos cinemas, mas rejogando a versão dos games achei o jogo um tanto quanto enferrujado.