Igor Douglas Nery Monteiro – A Entrevista!

30 07 2009

ELE VAI FALAR E É AGORA!!!

Perguntas divididas em 3 blocos:
1 – Igor, o jogador
2 – Igor, o personagem vs o homem
3 – Igor, atualmente
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Salamander, aka - Jogo do Igor

Salamander, aka - Jogo do Igor

Bloco 1 – O jogador:
1 – Como você ficou conhecido por ser louco por joguinhos cabe aqui fazer um bloco de perguntas sobre o assunto. A primeira a maioria já sabe mas como há usuários atuais que sempre estão querendo saber sobre quem é o tão falado Igor, não custa nada um replay: como e com qual sistema percebeu que video-games seriam mais do que um hobby?

– Sinceramente, nao sei de onde eu posso dizer que fiquei conhecido por ser “louco” por jogos. eu simplesmente jogo porque gosto de jogar. apenas isso. nao vejo motivos pra ficar orgulhoso ou coisa do tipo. Quem sao esses usuarios atuais que querem saber quem sou eu? ou sao aqueles que querem apenas ficar falando de mim por nada? Mas vou encarar isso como perguntas pra quem realmente me conhece na vida real e que tiveram contato comigo e nao essa fantasia criada pelo bau de jogos. Eu comecei jogando no fliper faz muito tempo atras, no rio de janeiro, mas nunca fui bom em jogos. soh ficava tentando jogar e gastando ficha do dinheiro que eu pegava do meu pai, coisa de guri daquela epoca.  Eu me lembro que quando eu conheci  gradius e depois vi no msx, notei que era o mesmo jogo e eu sempre curti ele por causa do sistema de armas e dos lasers cruzando a tela. era novo e legal. eu jah conhecia yie ar kung fu, magical tree e knightmare no msx, mas desde que eu vi gradius pela primeira vez, esse tomou meu lugar de jogo favorito ateh hj. ai veio um monte de coisas depois. chegou um ponto que jogar videogame era a unica coisa que eu sabia fazer e queria continuar fazendo, mas ai vieram alguns problemas por causa do exagero. nada em excesso eh bom.

2 – Cite as séries que considera mais importantes para você e se preciso justifique a importancia do jogo. Em caso de séries com muitos episódios (Como megaman, sonic, castlevania…), cite quais os principais destas series.

– Pra quem me conhece eh facil. Eu sempre gostei de Gradius. qualquer um eu acho bom. jogo desde o primeiro, ateh o ultimo, incluindo salamander, parodius, os feito em casa, homebrew, etc.,  nao sei se vou chegar algum dia a jogar Otomedius. Ai depois vem um monte de séries de nave. Eu acho que jah joguei quase tudo que existe de nave. Nao me interessei pelos jogos de nave do amiga ou do atari xl. joguei poucos do commodore 64, mas a maioria esmagadora eh do fliper, do msx. Eu curto muito esse tipo de jogo pq eu sempre gostei de avioes de guerra. Se eu tivesse seguido carreira militar, com certeza teria me esforcado pra ser um piloto. Teve uma epoca que tudo que tinha o nome da konami era bom, entao eu procurei jogar todos os jogos da konami. Tambem gosto de rpg como ys, legend of heroes, shinning force, phantasy star, final fantasy 5… de tiro como super contra, hard corps, de aventura como rygar, god of war… de corrida como outrun2, fzero gx, ridge racers 2, gran turismo 4… tem um monte de jogo que eu curto.

3 – Algumas séries clássicas estão sendo consideradas perdidas (por alguns fãs) em suas versões recentes. As que mais recebem críticas negativas são Final Fantasy e Sonic. O que pensa sobre o futuro das séries clássicas.

-Eu tiro como base um pensamento: qual a diferenca entre as proximas geracoes de gran turismo e enduro? Enduro assim como night driver, eh visto por tras. desse tempo pra cah, o que melhorou fundamentalmente foram a musica e os graficos, e mesmo assim, isso nao quer dizer que o jogo soh pq eh mais novo, serah mais divertido. entao na minha opiniao, o videogame vai ter uma hora que nao vai mais ter o que inventar e vai ficar soh naquilo. eh uma moda que estah passando. Eu hoje penso que o videogame atual tah tao proximo da realidade que eh mais legal sair e viver a tua vida real que jogar videogame, ou entao pegar um fim de semana com uns amigos, comprar umas cervas, e passar a tarde jogando videogame velho e ficar matando tempo jogando conversa fora. Eu acho que o prazer de jogar um videogame tem que permanecer mesmo que se tenha alta tecnologia disponivel. eu me divirto muito com outrun2 e nem cheguei a jogar dieito forza motorsport ou project gotham racing 4. gosto da simplicidade, do ambiente classico dos videogames, onde o jogo eh tao bom, te agradou tanto ao ponto de tu desligar o videogame e querer que tudo que tu passou ali fosse de verdade ou igual na vida real. Essa eh a magia dos videogames, fazer o cara ‘viajar’.
4 – Você ainda tem projeto para jogos caseiros de MSX? Caso sim pode dar detalhes sobre o projeto?

-Sim, eu cheguei a fazer alguns. Mas nenhum deles estah completo. Tudo que eu fiz foi baseado nas historias que eu criava, mas jah faz mais de 8 anos que nao tenho feito mais nada em relacao a jogo algum. Meus projetos eram baseados nos herois que eu criava. Nunca gostei de pegar e ver se era possivel fazer um port ou uma versao alternativa do jogo x. Sempre gostei mais das minhas proprias ideias. Moon Ride Fighters, Red Moon, Perdido no Bolacha, Bagual Fighter, etc. Nao vou entrar em detalhes aqui pq realmente sao muitos. Eu poderia escrever um livro inteiro de ideias, porque realmente foram muitas. Quem quer saber sobre elas, basta entrar em contato comigo. Nao completei os projetos pq na maioria das vezes, me faltava o conhecimento pra fazer algo que o jogo precisasse. o unico que eu realmente achei que iria chegar ateh o fim, foi o jogo de nave que eu e o Fernando Cercato fizemos juntos para o pc. eu com o design e ele a programacao. Algo que eu realmente gostaria que tivesse chegado ao fim, ateh porque prometia muito e chamou a atencao de quem jogou na epoca, por causa das reaçoes positivas.

5 – Quem conheceu o famoso IGOR da Internet logo fazia referência a jogos de nave da Konami e os 2 clássicos Metal Gear de MSX. Hideo Kojima, é considerado pela crítica o nome mais importante e influente da historia dos games. O que pensa sobre o senhor Kojima? Acha que é marketing da mídia ou eles tem razão no que dizem?

-Nao me recordo de ter feito referencia alguma aos Metal Gear de MSX. Hideo Kojima? um cara que faz o que gosta e ainda ganha uma boa grana com isso.

6 – E falando em crítica de games as nossas revistas atualmente não oferecem muita credibilidade. A maior delas, EGM vem com matérias a maioria importada da versão americana e recheadas de jabá muitas vezes tentam fazer um jogo ruim ou mediano tornar-se clássico. Fale sua opinião sobre o assunto.

-Faz parte da midia ajudar a vender algum produto. Eu nao sei, mas acho que a Egm Brasil nem existe mais. E com a internet ai disponivel pra todo mundo, fica desnecessario ter revistas… nao leio revistas de videogame faz anos…

7 – Encerrando este bloco de perguntas mande uma mensagem para os fãs de games.

-A unica mensagem que me vem a cabeca eh aquela que usavam pra vender o master system no Brasil que eu achava legal: “É apenas um jogo….mas poderia ser verdade.”

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A imagem do Igor que ficou conheicda pelo seu HATE site.

A imagem do Igor que ficou conhecida pelo HATE site MAIOR CORO DO BRASIL

Bloco 2 – Personagem vs Homem
1 – Muitos eventos foram desencadeados na net para que o Igor Douglas ganhesse certa notoriedade como um personagem, isso por volta de 1997. O primeiro passo de tudo isso seria um texto, que dizem ter sido escrito por sua pessoa. Ainda lembro que meu irmão que tinha me apresentado o famoso arquivo .txt “A VIDA DE IGOR”. Este texto foi realmente escrito por você? Você assume o arquivo como 100% verídico ou hoje em dia você poderia dizer que houve um pouco de exagero poético?

-Sim, houve um exagero poético propositalmente. Quando eu sai do Rio de Janeiro em 1992 e cheguei em Rio Grande no Rio Grande do Sul, fiquei isolado por quase 1 ano, por causa do choque cultural. Alcantara e Rio Grande sao completamente diferentes, e na solidao, eu comecei a escrever e a desenhar, e notei que gostava disso. Quando consegui meu MSX 2, eu escrevia mais ainda e tentava bolarhistorias pra poder ter ideias pra fazer jogos. Dai surgiu a ideia de comecar a escrever sobre mim mesmo de uma forma totalmente distorcida, como se fosse roteiro de algum quadrinho pra ver se ganhava alguma sensibilidade, drama ou coisa do tipo. Esse texto tem 3 versoes, essa versao que estah na internet eh a primeira e acredito eu que foi pego quando eu levei um disquete na casa dos cercato em 1996. Mas eu nunca dei importancia se eles tinham pego ou nao pq nada ali eh verdadeiro. Nao era a minha intencao que isso fosse se tornar publico. Comparei tudo ali a Gradius pq era a unica coisa que eu gostava na epoca, e as pessoas e as situacoes ali descritas, tirando dois amigos meus que hj estao casados e que nem gostam de videogame que eu coloquei apenas pq nao tinha mais o que escrever, nao existem. Foi tudo inventado. Na ultima versao que tem o dobro de tamanho do original, eu jah teria colocado o meu primeiro amigo de Rio Grande, que seria o Felipe Rego, mas isso ja era dezembro de 1996, e eu jah tinha tirado minhas proprias conclusoes quando fiz um demo para um jogo chamado Paroavg, que foi a base pra outra ideia minha que surgiu como fanzine, o Moon Ride Fighters.

2 – Logo foi criado o HATE SITE “IGOR DOUGLAS O MAIOR CORO DO BRASIL”(Até hoje não sei o que isso significa ;p). O site era assinado pelo grupo de gamers cohecido hoje em dia pelo site de crítica/humor de game “BAU DE JOGOS”. Pelo conteúdo pode-se notar que você e usuários como Adam WArlocker (Stanley Ipkiss), Heitor, dentre outros viviam com você uma relação de confrontos e amizade. Afinal você eram amigos e a amizade entrou crise ou nunca ouve amizade com estas pessoas?

-Eu nao sei quem criou o bau de jogos, mas sei de alguma pessoas que fazem parte dele. Eduardo Piccini Cercato, Heitor Barcellos, Diego Martins, etc. Conheci eles atraves do Eduardo no final de 1992, porque todo mundo estudava no mesmo colegio, e eu era muito encrenqueiro. Eu falava pro Eduardo que nao poderia existir Ys3 pro msx, entao ele me provou nao soh que eu estava errado, como tambem me apresentou o MSX 2. Ai junto com eles eu conheci o Heitor que soh falava de Amiga e o Diego que gostava de pc na epoca eu acho. Eles ja eram amigos de longa data, e eu queria saber tudo sobre o msx2 entao ficava lah na volta deles, mas eram extremamente egoistas e mal-educados. Eu acabei fazendo amizade com Fernando que era o irmao mais novo do Eduardo, o qual aindasou amigo ateh hj e muito me ajudou a conseguir a informacao que eu precisava, muitas vezes quando o eduardo nao estava em casa e a gente ia ateh o quarto dele pra pegar alguns livros e disquetes, gracas a isso eu consegui as revistas eletronicas que eles faziam como a Dungeon e pude entender o codigo e algumas funcoes que eu precisava nos meus projetos de jogos de msx. Apesar disso, eu curtia trocar uma ideia com Eduardo, porque ele tinha mais conhecimento sobre os jogos de videogame em geral e ainda por cima desenhava e tinha um monte de quadrinhos em casa. Isso me influenciou bastante e eu acreditava que se eu seguisse aquele caminho, poderia conseguir fazer um jogo a nivel profissional. entao eu comecei a programar no msx, a escrever historias, a desenhar mangá, e ainda aprender musica, muitos amigos eu fiz por gostar dessas coisas. Mas eu brigava muito em casa com meus pais, que nunca aceitaram que eu fosse pro lado da informatica ou coisa do tipo. Nunca tive apoio. Entao eu tinha que recorrer aos cercato pra poder continuar as coisas que eu gostava. Acho que foi em 1997 que o fernando comprou um pc e comecou a se interessar por programacao. E eu tinha ido na casa do Diego, que tava programando um editor de jogo em XT, mas que ninguem entre eles sabia desenhar, ai eu comecei a fazer os objetos e itens do jogo deles e isso chamou a atencao. Tempos depois eu tinha falado com Fernando pra gente fazer um jogo qualquer, usando graficos, e dai nasceu a ideia de fazer um jogo de corrida com paletes de cores. No fim, Eduardo tinha se acertado com Fernando pra fazer o restante dos graficos, e o jogo ficou uma porcaria soh. Eu nao gostei do que ambos fizeram, e jah suspeitava se o Eduardo tinha ou nao capacidade de desenhar algo que nao fosse ficar ruim, pq eu jah desenhava melhor que ele nessa epoca, e achei que tava rolando uma inveja da parte dele… Logo depois pintou a ideia de se fazer um jogo de nave, pq eu acho que o Diego tinha implementado a funcao em pascal de transparencia grafica, Double Buffer, como no msx2. Agora o grafico podia ficar sobreposto, mas usando a capacidade do pc. A ideia era muito boa e eu e o Fernando comecamos a trabalhar juntos nela, e ateh mesmo eu tive que calcular o tamanho das telas que iriam passar no fundo, desenhei 3 folhas de papel oficio e escaneamos cada uma delas, filtramos no coreldraw e no adobe photoshop pra que ficasse no nivel que o computador pudesse suportar. tive de colorir tudo manualmente, pixel a pixel pra que ficasse com um visual profissional, enquanto o Fernando resolviaos problemas com a programacao. Tava indo tudo muito bem ateh o dia que eu tive que estudar pra fazer uma prova de matematica, dai eu tive que me ausentar uns dias, e mesmo eu explicando que tinha essa prova, Fernando me cobrava que eu tinha que continuar os graficos, ai no fim acabou do Eduardo persuadindo o Fernando novamente e ele assumiu os graficos e o resto… ai eh o que todo mundo que baixou o jogo conhece. originalmente era pra ter umas 5 ou 6 fases, varias armas e inimigos, e no fim, o eduardo deixou o jogo com um aspecto horrivel. dai entao eu decidi que nao faria mais nada com eles. Mantive a minha amizade com Fernando, que sempre que podemos conversamos em algum dia a gente poder voltar a fazer algo juntos. O tempo passou, veio a internet, Fernando casou, e eu perdi contato com Eduardo e companhia. ai eles comecaram a fazer esses sites tipo o bau de jogos que eu nao sei porque eles continuam a me ofender. certamente eh falta de  maturidade. Jah faz um tempo que venho recolhendo material e textos dessas ofensas, e informacao da hospedagem do site no provedor vetorial.net e logo depois do incidente com o “Slotman” do msxbr-l, eu recebi alguns emails de pessoas oferecendo conselhos e uma direcao pra iniciar um processo judicial contra as pessoas envolvidas com o bau de jogos. Mas por causa da minha amizade com a familia Cercato, eu sempre fiz vista grossa pro assunto, e como nunca me trouxe problemas na vida real, e alem de servir pra me mostrar como EU mesmo mudei em relacao a falta de maturidade dessas pessoas, e nao me soma nada de positivo, resolvi ignorar qualquer tipo de comentario feito por eles. Mesmo assim, se caso isso se tornar um empecilho, jah tenho tudo preparado pra acionar os meios legais contra as pessoas envolvidas. Hoje em dia eu nem me interesso mais tanto por videogames e paro pra pensar, que a pessoa que me mostrou um monte de coisa e que podia ter entrado pro time e colaborado bastante, ironicamente preferiu seguir um outro rumo, e a colaborar com sites como bau de jogos, foi o Eduardo. Se ele, o Diego e o Heitor tivessem feito junto comigo e com o Fernando o minimo de esforço que fizeram pelo bau de jogos lah no fim dos anos 90, hoje a realidade seria completamente diferente.

3 – Uma historia que rolou muito na internet foi sobre uma carta que você teria escrito para Konami falando sobre a vontade de trabalhar na empresa. Dizem que acabaram lhe enviando uma carta resposta falsa é verdade? Caso seja verdade, depois disso você conseguiu obter alguma respostas verdadeira por parte da Konami?

-Sim, é verdade que eu tentei contatar a Konami do Japao duas vezes procurando saber informacoes de emprego. Eu enviei esses dois emails atraves do computador do Fernando, em 1996. Até hoje eu nao sei se foi falso, mas o Fernando me falava na epoca que o Eduardo tinha forjado a segunda resposta.

4 – Os fãs do personagem “IGOR DOUGLAS” sempre lembram de historias como “VELHINHA DO BOM AR”, “BOLACHA NO PAU DE CACHORRO” e outras bizarrices do gênero. Estas histórias publicadas na internet eram todas caluniosas? Também foi dito a cerca de dois ou três meses atrás no baú de jogos que o usuário conhecido pelo nick Lionel Richie tem interesse em fazer IGOR O FILME contando algumas destas histórias. O que pensa sobre isso?

– Nao conheco nenhuma dessas historias. Nunca ouvi falar nada sobre isso.

5 – Pessoas que fizeram parte da sua vida também acabaram virando “personagens”. Um dos mais lembrados é o Sr. Luís e seu pai. Nas versões personagens Sr. Luís é retratado como um tipo de Mestre no melhor estilo Sr. Miyagi, que segundo dizem foi este senhor que o transformou num jogador apaixonado. Já seu pai era retratado como um militar linha dura como aqueles da ditadura brasileiras. Quais as semelhanças entre os personagens e estas pessoas reais?

– O Seu Luis era um senhor que morava conosco no Alcantara 2, e ele tinha muita coisa de Spectrum. Quando migrou pro msx, tinha mais gente na volta que tinha recem comprado o micro e ele meio que dava suporte pro pessoal. Na verdade, isso foi por volta de 1988, que meu pai tinha decidido que eu ia pro colegio militar, mas ai eu conheci o seu luis e o msx, e desisti da ideia. Eu tinha mudado completamente a minha opiniao e queria trabalhar e viver de qualquer forma da informatica. Ai meu pai se decepcionou com a minha decisao de nao fazer carreira militar e acabou nao dando apoio algum pra minha nova escolha. O que gerou muita briga e confusao dentro de casa nos anos seguintes.

6 – E pra encerrar este bloco, uma expressão famosa de IGOR é “TORNAR-SE UM JOGADOR CIDADÃO”. Defina melhor o que isto significa.

-Nunca falei isso.

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Acreditem, este é o IGOR atual.

Acreditem, este é o IGOR atual.

Bloco Final – Atualmente

1 – O que você faz hoje em dia na sua vida pessoal?

– Trabalho e moro sozinho na cidade de Rio Grande no Rio Grande do Sul.

2 – E na sua vida de jogador o que anda acontecendo atualmente? Pretende comprar algum sistema atual?

– Praticamente nao jogo mais. Minha vida mudou totalmente da epoca que eu jogava pros dias de hoje. Videogame toma muito tempo util. Muito raramente eu vou no fliperama da praia do Cassino pra jogar alguma maquina com os amigos. Nao pretendo comprar mais nada relacionado a videogames.

3 – Muitos estranharam seu novo visual “EMO”. Como entrou em contanto com o movimento emo? O que acha da associação que é feita diretamente de “EMO” com “Homossexualismo”?

– Eu Emo? Negativo. o pessoal fala eh por causa do meu cabelo ou das minhas fotos no orkut. Antes de mais nada eu nao curto nenhuma banda emo ou coisa do tipo. Nao curto Fresno, NX Zero ou coisa assim. E continuando a responder a pergunta, eu nao sei se o cara que curte emo deve ser associado com o homossexual, pq eu acho que emo eh um estilo musical e nao tem nada a ver com sexo ou coisa do tipo.

4 – Na Net, além do ORKUT existem outros locais onde podemos ler algo escrito por você ou simplesmente para bater papo?

-MSN: magicspellbr@hotmail.com, fora isso, pra quem mora em Rio Grande, eh soh marcar e sair pra algum lugar e conversar.

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Obrigado, e até a próxima!

-Ok.

igor





Bizarro 80′ – Capitão N O Mestre do Jogo

27 07 2009

Engraçado olhar pros anos 80 e ver como coisas completamente absurdas pareciam normais. Esse cartoon, por exemplo, que surgiu no final dos 80’s,  Capitão N produzido por Haim Saban e Shuki Levi, aqueles mesmos, os  retardados que estragaram o Jyuuranger.

Lembro que os episódios que eram exibidos no idoso programa Xou da Xuxa, acabavam por virar comentários no outro dia do colégio, mesmo sendo uma coisa totalmente diferente, estar vendo(bem, até certo ponto) nossos jogos favoritos atuando e lutando juntos era legal o suficiente pra assistir, mesmo sendo o roteiro lamentável.

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O tal capitão N era na verdade um garoto típico dos anos 80, viciado em NES, que durante uma partida de Punch Out acabava sugado pra dentro do mundo dos jogos por um portal aberto por Lana, a princesa de Videolândia(infelizmente esse era o nome).

Se não fosse bizarro o suficiente, lá ele descobre que o mundo dos jogos está em guerra contra Mother Brain(aquela do Metroid) que reuniu grandes vilões s jogos para tomar o poder da Princesa. A liga da justiça dos games trazia além do Capitão N e da Princesa Lana , Mega Man (numa inexplicável cor verde!), Simon Belmont (herói de vários jogos do Castlevania, que aqui era um caçador de vampiros almofadinha atrapalhado) e Pitt, que ficou sendo chamado apenas de Kid Ikarus que é o título do seu jogo. Do lado do mal tinhamos Mother Brain, Dr. Willy, Drácula(Versão magrela cretina do personagem), Bruxo Beringela(do Kid Ikarus) e o King Ippo (Punch Out).  Durante vários episódios eles entravam em jogos clássicos, além dos seus de origem, dentre eles Metroid, Bayou Billy, Final Fantasy e… Tetris(?!?!?!). Na segunda temporada aparecem também o Game Boy(uma versão gigante e viva do console), e Link de Legend of Zelda.

A bizarrice maior de Capitain N era que além do visual nada haver dos personagens, os roteiristas demonstram claramente não ter nenhum contato com os  jogos mencionados. Confira abaixo algumas imagens e tirem suas conclusões e possíveis lamentaçõs.

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capn_Braincapn_metroidscapn_Wilycapn_MM1mm_boss_pack_v1_rendercapn_MM3b

Capitão N, Link e Zelda

Capitão N, Link e Zelda

Donkey Kong!!! (baseado n ooriginal não no country, é claro!)

Donkey Kong!!! (baseado no original não no country, é claro!)

Lamentem a participação do Alucard em um episódio.

Lamentem a participação do Alucard em um episódio.

Deu pra sentir o drama? Que tal um episódio pra vocês?!

Já imaginaram como seria uma versão um pouco menos bizarra desta série?!

Já imaginaram como seria uma versão um pouco menos bizarra desta série?!





Igor – Um clássico da literatura mundial

23 07 2009

Muita gente que conheceu a “carreira” do Igor na Internet teve seu primeiro contato com um simples, porém longo arquivo de txt escrito pelo próprio como se fosse uma auto-biografia.

O texto tornou-se famoso não pelo conteúdo dramático, mas sim pelo exagero, com influências de mangá no tamanho texto.

Publico aqui a versão resumida do clássico momento da interNERD brasileira, para os velhos relembrarem e os novatos conhecerem a figura.  Leiam e gritem AAAAU a cada cinco segundos.

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“A VIDA DE IGOR DOUGLAS NERY MONTEIRO”

Data de nascimento: 3 de novembro de 1978
Estado civil: solteiro

Ola! Meu nome é Igor, sou carioca e sinceramente tenho uma longa história para contar, mas prefiro dar ênfase a minha vida de jogador. Morei em Fortaleza-CE no período de 1980-1982 onde estava estabelecida toda minha família materna, cursei somente até a primeira série lá. Meu pai, que na época era cabo pela marinha, havia sido promovido e as condições financeiras eram boas para uma nova aventura, para conhecer um lugar diferente: o Rio de Janeiro. O lugar escolhido foi Alcântara que na época era subúrbio de São Gonçalo, uma cidade próxima a famosa Niterói.
Comecei a freqüentar casas de amigos do meu pai, seus filhos tinham na época antigos sistemas de jogos conhecidos apenas como Dismac (mais um clone do velho Atari 2600) porém eu não dedicava todo o meu tempo nisso.
Eu já estava formando muitas amizades, mas amigos mesmo eu tinha apenas 5, os irmãos Lima(Alisson e Bruno) e os irmãos silveira(L.Felipe e Gisele), até hoje tentamos manter contato uns com os outros.
Em 1986 eu comecei a ir em fliperamas da volta do condomínio, lá existiam vários jogos com qualidade que o dismac jamais teria. Muitos deles eram difíceis demais para mim como jogos de carros(POLE POSITION, ZIPPY RACE), e alguns me despertavam interesse(SHIELD ’99, SUPER PAC-MAN, COMMANDO), mas a loucura e a febre terrível aconteceu quando eu me deparei com GRADIUS, era demais, não haveria um porque das outras máquinas, além de que GRADIUS era novidade no meio. Comecei a jogar mas ninguém conseguia passar da primeira parte da primeira fase, nenhum de nós tinha coordenação suficiente para isso. Meu desespero por GRADIUS era tanto que meus míseros cruzeiros já não conseguiam pagar a minha jogatina, comecei a roubar dinheiro da carteira dos meus pais e acordava as 8 da manha para esperar o dono do flíper chegar e eu poder jogar. Não muito tarde, os freqüentadores já estavam começando a ficar com vício na máquina(era a mesma coisa sempre, pegar os mesmos power-ups, matar os mesmos bichos nos mesmos locais), e alguém mostrou superioridade quando conseguiu chegar na terceira fase, era Marquinhos, filho de seu Luís do bloco 5, que saía sorridente do flíper, com a impressão causada nos outros. Eu ficava muito bravo e utilizava isto como estimulante para tentar melhorar minha marca, que mal conseguia passar da primeira fase. Isto me ajudou muito, pois também se aplicava nos estudos, pois sem notas boas, sem dinheiro, por isso, sem GRADIUS.
Cinco meses depois, a rivalidade em GRADIUS entre eu e Marquinhos tinha nos tornado amigos e eu venci o jogo por volta dessa época, o que causou grande impressão entre meus amigos. Fui apresentado por ele ao seu Luís como seu amigo, seu Luís era um escrivão da polícia, que depositava boa parte de seu salário em jogos, sua mais recente compra foi um disk-drive para um revolucionário computador chamado MSX. Eu vi a imensa quantidade e infinita qualidade sobre o atari foi que eu dei atenção para tal coisa.
O ano de 1988 – patrulha estelar já tinha acabado, agora era só Jaspion e Changeman, um pouco também de Macross, a cine-vídeo games começou a freqüentar as bancas. Nós(eu, Alisson, Bruno, Felipe, Marquinhos e um legião de jogadores antigos e novatos) já jogávamos DOUBLE DRAGON, JAIL BREAKER, CHOPLIFTER e RYGAR entre muitos outros, GRADIUS era mania no MSX, a curiosidade de saber quem produzia e como eram feitos os jogos, fizeram algumas estranhas seqüelas em todos os que visitavam a casa de seu Luís(+ de 40!). Começamos a decorar as músicas dos jogos e sair… cantando. É isso mesmo! Cantando no fliperama, na casa, no colégio, no ônibus, no banheiro… Quando um cara botava uma ficha no fliper em qualquer máquina, tinha sempre alguém que fazia o barulho de confirmação do crédito com a boca, tinha alguém assobiando, ou trocando figurinha do G.I. JOE. Com esse clima meio louco, seu Luís um dia decidiu fazer uma coisa, algo que simbolizasse o que o jogador sabia e o que vencia, algo que valorizasse e fizesse ele jogar e ensinar a jogar, a transmitir a emoção de quando vencemos um dificílimo jogo pela primeira vez, a levar isso por toda a sua vida. Foi aí que ele começou a nos educar, a sermos ao que ele via, reais jogadores de vídeo game, os melhores dos melhores de todos os tempos, um cidadão jogador. Por volta desse tempo eu consegui o meu primeiro beijo de uma amiga , dentro de um fliperama.
1989, meu vício já estava se expandindo para fora do condomínio, eu procurava os meus amigos que tinham um Dynavision 2(clone do NES), aliás eu já influenciava muita gente a jogar vídeo game, para onde eu ia todo mundo já sabia quem eu era…
Minhas brigas dentro do colégio e minha disciplina terrível começavam a formar uma personalidade rebelde … tinha também de ser brigão para jogar bem e não apanhar de ninguém dentro do flíper(uma vergonha para o jogador, ficava mal falado, mesmo entre as meninas).
Eu era presença em qualquer lugar a qualquer hora, quando alguém me via, já dizia: “-Lá vem o Igor, ele vai completar o nosso time.”, ou “-Camila, você viu como está o Igor hoje?”. As pessoas gostavam do meu jeito de ser: um sujeito para cada ocasião, brigava muito, cheguei em casa várias vezes com ematomas nos olhos e dentes fincados nos dedos inferiores; um cara que sempre dizia sua opinião em diversos casos quando solicitado, um cara que gostava de amor, pois caia de amores por várias meninas, muitas vezes fui pego de surpresa, até no banheiro do colégio fui beijado.
Paralelamente eu estava lá, querendo saber quando iria chegar o próximo jogo de Mega ou Master, até que eu vi de uma só vez NEMESIS 2, PARODIUS E SALAMANDER. Eu havia ficado extremamente estático, totalmente paralisado, o fenômeno que tinha mudado minha vida retornou, desta vez para ficar, contagiando a todos, pois comparávamos tudo, chegava a ser besta pois brigávamos entre si para comparar uma coisa com a outra, pois nada era melhor que GRADIUS.
1990 – minhas notas eram as melhores no colégio, eu começava a me destacar dos outros alunos do colégio em redações, esportes, etc. Eu tinha sempre dinheiro no bolso… meu número de amigos já era incontável, pois quando alguém passava por mim e me cumprimentava eu naturalmente retribuía o cumprimento mas não conseguia identificar quem era. Me arrastava pra cima e para baixo com alguém “de baixo do braço”, ás vezes colegas, outras vezes eram garotas, que pediam que a acompanhássemos até suas casas, mas no meio do caminho a gente acabava se beijando e íamos tomar banho de loja no centro de Niterói.
Minhas brigas continuavam, várias vezes fui suspenso, apesar do meu ilustre comportamento. Nesta época eu recitava poemas nas aulas de literatura e fazia peças de teatro, meu gosto por ler livros era influenciado pela crescente cultura nipônica que começava a crescer entre nossos meios de comunicação. Mas, a loucura permanecia: minha agenda pessoal estava cheia de dispensáveis bilhetes de garotas, palavrões escritos por colegas e entupida de nomes de jogos de vídeo game da Konami.
Conheci Lívia Vidal Rodriguez , uma linda garota que estudava perto de mim e eu não dava a mínima, pois ela era muito extrovertida e muito bagunceira, uma pessoa a qual minha mãe mandava eu me afastar pois iria “bagunçar minha vida colegial”, ela namorava um cara chamado Cristiano ou “Playboy”. Este, mais velho que eu e era um desgosto para os professores, só queria bagunça e nada de estudar, suas médias eram terríveis, não era exemplo para ninguém. Uma vez eu fui solicitado por Lívia para ajudá-la em uma tarefa de inglês, foi aí que nos conhecemos, conversamos muito, e eu acabei descobrindo que estava apaixonado por ela. Cristiano era muito ciumento e foi assim que começou uma série infernal de brigas, era todo dia, toda semana, lá estava eu e Cristiano, expulsos por brigas, que muitas vezes eu mais apanhava que batia, já que ele era muito mais forte, minha distância de Alcântara e dos meus amigos foi prejudicial pois poderia ter pedido ajuda a eles e a situação seria drasticamente invertida.
Cristiano tentava sempre por seu grosseiro modo de agir: na pancada, só que com todos os que se metiam com ele, o que também chamava a atenção de todos. Por várias vezes Lívia esteve ao meu lado pedindo ajuda, tentando se juntar aos que queriam passar, mesmo não sabendo que o meu objetivo final não era o de passar, e por muitas vezes eu a vi ao lado de Cristiano, já que eram namorados, o que me deixava muito furioso. O ano letivo estava acabando, e mesmo com minhas notas boas, foi inevitável o início de uma guerra dentro de casa, minha mãe queria me prender mais, já que estava achando que eu estava livre demais, chegando tarde demais, e indo longe demais, até meus amigos se surpreenderam, porque eu só tinha olhos para Niterói e não mais em Alcântara. Isso tinha se tornado pessoal, o colégio já não importava mais, era literalmente uma arena. Eu só tinha olhos para Lívia e quando solicitado para GRADIUS.
Seu Luís tinha formado um grande grupo de vídeo game que jogava de tudo, tendo mandado uma vez uma dica de PARODIUS para a AÇÃO GAMES que falava de RUNE MASTER 2 no nome de Marcus Vinícius( o Marquinhos), eu fazia parte desse grupo, mas eu estava sempre com Lívia na cabeça. No desfile organizado pelo colégio, Lívia recebeu o primeiro lugar, e por uma razão desconhecida, Cristiano briga com Lívia, foi a minha brecha. Eu fiquei com Lívia o resto do dia… Aquele foi um dia muito especial, mas não durou muito, minha relação com ela não era fixa, e lá estava ela de novo com Cristiano, decidi então me afastar do “triângulo amoroso”.
Jogando F1-SPIRIT, e E-SWAT de Mega Drive no momento, mas o MSX estava começando a ficar obsoleto, estava disputando espaço com meu Master (minha mãe não queria me dar um MSX), e o novo TOP-GAME de Alysson… Fui receber meu boletim, estava seguramente passado.
Alcântara, Niterói e Santa Rosa, nesses três lugares eu estava deixando a minha marca de jogador de vídeo game, mas não conseguia me sustentar psicologicamente, eu estava ficando aquilo que Cristiano era, só que pior: não conseguia manter mais a imagem de bom aluno, era expulso de aula por motivos idiotas.
Ainda não tínha passado o meio de ano e eu fugia para o novo empreendimento em Niterói, o Niterói Shopping Center, o “must” sobre tudo o que o jovem precisava, e pra mim uma 2ª casa, pois era voltado para o vídeo game e fliperama. Alysson estava louco nesta época, passando por uma experiência parecida com a minha do ano anterior, com uma garota que me lembro do seu apelido: Joana “Mata-Ferro”. Eu considerava muito bonita mas reprimia, porque não achava mais bonita que Lívia. Ela no entanto me foi apresentada por Alysson, que também tinha seu rival ou melhor, rivais. Ela se mostrou uma pessoa muito diferente de Lívia, mais calma, mais generosa…e eu notei isso nela. Depois de algum tempo estávamos amigos, mas nada além disso. Tempo depois, ela então decidiu descer comigo até o Niterói Shopping e por lá ficamos quase que o dia todo jogando. Conheci lá um cara chamado Renato, apresentador de um programa da MTV carioca(MTV nessa época era de graça) e estudava comigo.O meio do ano chegou e minhas notas continuavam ruins, meus pais forçavam seu domínio sobre a minha pessoa.
O Super Famicom havia chegado nas prateleiras dos Shoppings, e FINAL FIGHT era um hit, era uma obrigação jogar, ou ir para o flíper ver a nova moda dos games: STREET FIGHTER2, SIMPSONS e TARTARUGAS NINJA, pessoalmente eu ficava muito feliz quando via o logotipo da mesma marca da empresa que havia inventado GRADIUS, me lembrava da época que tudo começou. A matança de aula continuava e Joana estava lá, sendo cantada por Alysson e mais uns tantos, mas nada adiantava, ela não ficava com ninguém. Em Alcântara seu Luís começava uma bateria de exames médicos pois estava ficando com problemas pulmonares, mas não diminuiu a jogatina que havia em sua casa, ele tinha todos os lançamentos de vídeo-game, seu objetivo agora era comprar um Super Nintendo para que jogássemos CASTLEVANIA 4. Eu ia todos os domingos a missa na igreja de Alcântara e via a mulher dele, fazendo orações, talvez para pedir melhoras para seu Luís, nessa época o grupo de jogo estava enorme e jogávamos em todas as casas de gente que tinha vídeo game disponível do grupo, vencíamos tudo o que dava para vencer, mas Y’S de Master System estava dando dor de cabeça. Nessa época eu estava um tanto estranho, tinha pedido para que Gisele ficasse comigo na frente de todo mundo no meio da minha festa de aniversário. Foi uma vergonha tanto para ela quanto pra mim, ela para mim era como uma irmã, não entendi porque tinha feito aquilo.
Alysson se divertia em todos os lugares e junto ia sempre com uma mulher em baixo do braço. Ele me perguntava sempre porque eu não tinha ninguém ao meu lado, eu nada respondia. Seu Luís estava piorando, eu não notava mas algo de muito ruim estava acontecendo. Comecei a pensar, algo de bom que tinha mudado a minha vida tinha ficado para trás.
Até que um dia fui para o Niterói Shopping sozinho, e lá eu encontrei a nova versão da loucura da minha vida, estava lá, em cima de uma caixa de vidro como um troféu em cima de um altar, era simplesmente GRADIUS 3 de Super Nintendo, minha expressão facial mudou completamente, imaginava a felicidade que seu Luís e os demais ficariam se soubessem de tal fato, porém aconteceu outra coisa talvez coincidência do acaso ou da sorte, eu não estava preparado, um momento literalmente congelante para mim, pois Lívia estava me chamando do outro lado do shopping vestida com uma saia, um conjunto rosa, mais bonita que antes, eu fiquei extremamente feliz e fui de encontro a ela e ela até mim, para talvez nunca mais se separar, Lívia e GRADIUS 3 no mesmo dia, era demais para mim.
Começou um inútil levantamento da minha moral, eu saia todo dia do colégio, ia pro flíper, ia atrás de Lívia e depois para casa estudar cantando música de vídeo game, que me motivava a estudar.
Eu iria repetir de ano. Ao final do ano, era considerado por todos um fracassado mesmo mostrando notas boas no final do curso. O único que acreditava no meu potencial era seu Luís, que estava muito doente, e a grande quantidade de gente que ia lá para jogar, havia se acalmado, ele dizia que eu era o único que não poderia cair, que só ele confiava em mim, nos fliperamas, nossa marca estava lá, todos nos conheciam no flíper, e eu achava que só o respeito deles não bastava, precisava do respeito de todos, de todos os que moravam em Alcântara.
Encontrei Joana, sentada no final do corredor do colégio, ela tinha passado, foi duro dizer que eu não tinha tido a mesma sorte, mas pouco importava, pois eu talvez me mudaria novamente, e tudo talvez ficaria como minha mãe sempre quis, ou seja, na maneira dela e não como eu quero, ela entendeu isso e ficamos olhando um para o outro, lamentando sem palavras, depois de algum tempo eu tinha que ir embora, e ela pediu que a beijasse no rosto e eu o fiz demoradamente.
Janeiro de 1992, Sonic chega as minhas mãos como um tesouro, um dos jogos mais bem falados, estava sendo jogado por mim, e por muitos outros jogadores em diversos pontos do Rio. Meu pai começa um a série de viagens ao Rio Grande do Sul, dizia ele que era a serviço da marinha. Seu Luís recebe baixa de um hospital em São Gonçalo, seu estado é regular, muitos de nós ficamos com medo, medo de que algo de muito ruim poderia acontecer. Lívia e eu agora nos encontrávamos com um certa freqüência…

“Infelizmente meu arquivo da vida do Igor estava incompleto, mas lembro na época que o dramático final Igor via livia morrer atropelada… NOSSA QUE COISA MAIS OTAKU!!!”





10 motivos pra se ter um Game Boy

21 07 2009


Charles Chaplin, numa época onde não havia nem cores, nem sons nos filmes, conseguiu passar todas as suas idéias brilhantes e criatividade. Com pouco ele fez muito…

Em 1989, a Nintendo lança o primeiro portátil, o Game Boy. Assim como Chaplin, Game Boy não podia mostrar suas cores e seus sons eram mais fracos que o do Nes. A concorrência chegou e colocou cores nos portáteis, mesmo assim o Game Boy, sem cor algums conseguiu durar 9 anos, desbancando de longe todos os concorrentes como Game Gear e o  Atari Lynx. Game Boy com pouco, fez muito, graças a idéias inteligentes e criativas.

O original, ainda grande pra portátil. Seria Game Boy o Chaplin dos videogames?!

O original, ainda grande pra portátil. Seria Game Boy o Chaplin dos videogames?!

Que momento mais AAAAAAAAU!

Aqui listo meus 10 principais motivos pra se ter um Game Boy em casa até hoje, ou pelo menos pra emular um ; p

10 – Pokémon Red/Blue : Antes de se tornar um jogo extremamente repetitivo e pouco inovador, e antes mesmo daquela febre que atingiu o ano 2000, Pokémon era um RPG simples, porém diferente do Game Boy. Você no papel de um “POKEMON TRAINER” com nomes opcionais deve escolher um dos 3 bichinhos básicos Charmander, Bulbasaur ou Squirtle (Sim, aqui Pikachu é só coadjuvante) e partir em buscar de 151 Pokémons(alguns deles só possíveis de se conseguir com transferência de uma versão pra outra) e 8 insígneas, enquanto tenta se livrar da organização mafiosa Team Rocket. Os elementos do anime só foram adicionados posteriormente na versão Yellow, como o character desing e novos personagens como Jessie e James. 10 Pokemon Red
09 – Metroid II – Return of Samus : Este é o menos conhecido dos jogos da serie Metroid, mas não impede de ser um dos mais loucos jogos do Game Boy, além de ser a ligação direta pro inicio do hit Super Metroid. Aqui temos a continuação da missão de Samus para exterminar os terríveis Metroids. O mais difícil ainda é o fato do jogo não ter mapa, mas não chega a ser tão complicado quanto a versão original. O tiro aqui também é mais eficiente.

09 Metroid_II_-_Return_of_Samus
08 – Donkey Kong : Na mesma época em que a serie Country chamou atenção do mundo pelos seus gráficos, a Nintendo também trazia a série de volta as origens na tela do seu portátil. O jogo inicia com a velha batalha de Mario e Donkey dos arcades(com as mesmas fases) mas logo depois, ganha uma continuação direta com direito a muitos movimentos novos e novos estilos de fase, misturando elesmentos de outros jogos do como o Donkey Kong Jr. e da série Mario Bros.
08 Donkey Kong
07 – Kirby Dreamland 2 : O Kirby original nasceu no Game Boy, mas ainda não roubava poderes. Migrou pro Nes, onde ganhou seus poderes, e retornou a Game Boy em grande estilo nesta versão. Novos elementos como amigos de Kirby, novos inimigos e poderes fizeram deste um dos melhores jogos da serie.
07 Kirby Dreamland2
06 – Gargoyle’s Quest : Esta trilogia é mais conhecida por seu terceiro episódio, Demon’s Crest para Super Nes. Originado no Game Boy, Gargoyle’s Quest teve a segunda versão para Nes antes de virar Demon’s Crest. É uma aventura dentro do mesmo universo do Ghosts’n’Goblins, sendo que prefiro a trilogia Gargoyle que a do Ghosts. Esta é uma batalha de demônios ruins contra demônios piores ainda. Você é Fire Brand, ou Red Arimaa na versão japonesa, que por sinal é um inimigo do personagem Arthur do Ghosts’n’Goblins.
06 Gargoyle's_Quest
05 – Super Mario Land 2 – Quem acompanhou os primeiros jogos do GB, sabe que eles eram tão simples que parecia que os programadores duvidavam dele. Super Mario Land 1 foi um desses jogos que, apesar de uma marcante trilha sonora, era graficamente inferior ao Super Mario Bros. 1, e tinha paenas 4 mundos. O Land 2 veio pra corrigir isso fazendo um jogo com elementos de Mario 3 e Mario World, e ainda foi a estréia do personagem Wario, que aqui ataca como último chefe do jogo.
05 Super Mario Land 2
04 – Wario Land : Por algum motivo, Shigeru Miyamoto gostou do irmão politicamente incorreto do Mario, e deu ao Wario a chance de estreiar seu jogo. Ao contrário do Mario, Wario é nojento, ganancioso, tem gosta de ter maus hábitos (como peidar) e ao invés de cogumelos, prefere alho. Nesse jogo de estréia, além de ser mais divertido que os de Mario(comparado com os 2 Lands), trazia a opção de ver vários finais de acordo com os caminhos seguidos durante o jogo. Wario tem como objetivo apenas satisfazer sua ganancia, nada de salvamentos heróicos.
04 Wario Land
03 – Mega Man : Foram 5 jogos da serie Rock Man World para GB, adaptados apenas como Mega Man nos EUA. O primeiro foi muito fraco, o segundo, uma decepção gritante de tantos defeitos que possúi. Visto isso, a Capcom resolveu melhorar o investimento nos Mega Man de GB e mandou muito bem no Rock Man World 3 e 4, jogos que traziam elementos dos jogos 3, 4 e 5 do Nes, adaptados a telinha e ao baixa velocidade do GB, e o resultado ficou muito bom. Na quinta e última versão, foi criado um jogo completamente original, onde o robô azul enfrentava robôs intergaláticos que ao invés dos tradicionais nomes “QUALQUER COISA” MAN, vinham com os nomes dos planetasdo sistema solar. Pra quem gosta da serie do Nes, 3, 4 e 5 do GB são imperdíveis.
03 Mega Man V
02 – Castlevania Adventure 2 : Dos 3 Castlevanias preto e branco este é o único que realmente vale a pena ser jogado e rejogado, (apesar de que eu amo a Sonia Belmont e seu romance com Alucard em Castlevania Legends). O fato é que o Adventure 1 e Legends são jogos com jogabilidade inferior e com fases pouco inspiradas. Adventure 2 além de ter tudo isso funcionando, trás uma ótima trilha sonora que até foi tocada nos discos de músicas arranjadas da serie. Christopher Belmont deve resgatar seu filho Soleil Belmont que caiu nas garras do Drácula, que conseguiu escapar no final do Adventure 1.
02 Castlevania Adventure2
01 – Legend of Zelda Link’s Awakening : A razão desse Zelda ser o melhor jogo do GB é uma só – É um jogo que levou a capacidade dessa maquininha ao máximo. É um jogo de GB com cara de SNES. Apesar dos elementos vindos diretamente de “A Link to the Past”, “Awakening” parece ser uma continuação direta do jogo original de Nes, devido ao estilo das dungeons e telas do jogo. É também conhecido por ser o mais bizarro jogo da série por estar dentro de um mundo de sonhos, aparecem vários easter eggs de Super Mario, Kirby e outras coisas esquisitas. Ganhou uma versão colorizada quando o Game Boy em cores foi lançado.
Legend of Zelda Link's Awakening

Bem o que se percebe é que em termos de jogos lançados pra Game Boy, diferente do NES e SNES onde várias empresas brilharam, a Nintendo ficou muito por cima, com alguma participação da Konami e Capcom.

Claro que ainda existem vários títulos legais de GB que não mencionei. Qual você sentiu falta? Estaria ele no painel abaixo?

Gradius_-_The_Interstellar_Assault





Ele vem aí…

18 07 2009
HAHA!

HAHA!

 

Esse mês… Igor vai falar!